quinta-feira, 28 de março de 2013

Melissa


Apenas uma garota triste e insegura. Essa era Melissa: vivendo de fantasias num mundo onde não toleram quem tem a cabeça nas nuvens.
Melissa amava e queria ser amada da mesma forma. Não. Não da mesma forma. Não com aquele desespero. Ela queria ser amada ternamente, mas também firmemente. Queria ser amada sem sombra de dúvida. Amada com certeza.
O porém é que não tinha certeza. Sabia que amava e ouvia isso da boca dele. Ouvia-o dizendo “Eu te amo”. Será que amava? Será que ele amava a ela ou ao amor que ela fazia? Amava a ela, ou a seu sexo?
Que ele a tratava bem, isso não podia negar. Mas havia uma frieza. Bom, talvez não fosse frieza. Quem sabe  não era ela que queria mais calor do que qualquer pessoa seria capaz de oferecer.
Às vezes, ela podia passar uma noite toda em claro conjeturando. E queria chorar, mas não conseguia. No fim, quando o sol nascia e ela se dava conta de que não havia pregado os olhos, sentia-se miserável e ridícula. E cansada, muito cansada.
Agora, Melissa estava de novo entrando naquele estúpido estado de desespero. Mas ela não tinha culpa. Ele simplesmente sumira. Havia combinado uma coisa com ela, mas sumira. Nem sombra dele, nem um telefonema, mensagem de texto, sinal de fumaça, nada.
Entretanto, ela estava cansada de sofrer um desapontamento e ficar em casa, parada, se escabelando. Resolveu sair sem ele. Foi atrás dos amigos, que estavam em um bar curtindo a noite.
Chamou um táxi, pegou sua bolsa, seu casaco e foi.
Chegando lá, surpresa: os amigos não estavam. Mas estava ele, o homem que ela amava. Claro, não estava sozinho. Não. Estava com a ex. A mesma que o traiu, pisou e humilhou. A mesma que não estava lá quando ele precisou e que ele não queria mais ver nem pintada de ouro. Ele estava lá com ela, aos beijos e sorrisos.
E Melissa finalmente conseguiu chorar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Que medo!

Esta inquietude nascendo em mim... O medo! O medo que devora minha alma, rasga meu coração e destrói minha paz de espírito. O medo não me deixa dormir. O medo tira meu apetite. Ele se apossa de mim, me envolve em escuridão e me puxa para uma queda sem fim. Vai embora, medo! Sai de mim.