terça-feira, 15 de maio de 2018

O que vejo atrás de meus olhos I

Ele me olha, chega mais perto e sorri. Com uma mão, levanta meu queixo e com a outra, envolve minha cintura. Um passo dele para a frente me faz involuntariamente dar um para trás, de forma que dois ou três passos depois, estou com as costas na parede; já não havia mais escapatória. Não que eu quisesse escapar, apenas o pudor me fez andar para longe dele, embora ficasse feliz em saber que ele não se afastaria. Ao chegarmos então à parede, ele deu um último passo em minha direção, o que fez com que nossos corpos ficassem completamente colados um ao outro. Deu então meio passo para trás, apenas o suficiente para que conseguisse aproximar de mim, que era cerca de quinze centímetros mais baixa, o seu belo rosto. Olhou- me nos olhos e então baixou o olhar para a minha boca. Respirou fundo, apertou- me mais em seus braços e me beijou com uma paixão que eu jamais havia sentido antes em homem algum, e jamais tornaria a sentir. Ele agora era meu e eu, dele. E, juntos, éramos um só.