domingo, 16 de setembro de 2018

Pensamentos avulsos V

(Ao som de Thegiornalisti - Questa nostra stupida canzone d'amore).
Existe um tipo de paz que só o fim de um dia produtivo de trabalho pode trazer. É aquela em que apesar do cansaço, você se sente satisfeito e orgulhoso de si mesmo porque sabe que foi útil naquele dia e, portanto, o que quer que tenha passado ao longo de tal dia, em termos de estresse, em termos de esforço, valeu a pena. É um tipo de cansaço que te faz sentir livre, feliz, iluminado...
E é assim que eu me sinto hoje, agora, neste ônibus a caminho de casa, ouvindo esta canção.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Do calor

O sangue ferve nas veias e não tem vazão;
o calor fica preso e derrete a massa delicada,
do tipo folhada.
A sensualidade exala pelos poros e pelos pixels
e os olhos não se fecham porque a boca não se abre
e quando o coração acelera, a respiração encurta
e é porque pensei
mas se agir, o mundo para.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Sinto

Sinto uma vontade de cantar alto, bem alto, até minha voz se transformar num grito. Quero olhar diretamente para o Sol e me tornar parte de sua luz... Quero ir para um lugar novo, distante, onde ninguém me conheça e eu também não conheça ninguém. Sinto vontade de explodir em chamas laranjas que aqueçam o frio e queimar até me tornar brasas mornas e perenes. Giro em um turbilhão de pensamentos, ideias e sentimentos, cada vez mais veloz, cada vez mais velozes. Me distancio do mundo e observo tudo de fora, como se fosse a vida de outra pessoa e depois volto e sinto... Sinto tudo o que ela sentiu, tudo de uma vez. Sou o caos empurrando a ordem e a ordem lutando contra o caos. Sou as estrelas e a poeira e um grão de areia; sou uma borboleta colorida batendo levemente suas asas, vivendo sua vida de borboleta. Sou e sinto a alegria de um dia fresco de primavera e a melancolia de um dia nublado e tempestuoso. Sou e não sei como posso ser; sinto tanto que só posso viver e esperar não morrer pelo tanto que sinto