sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Um exemplo de que sempre há opção

Não sou a favor da pena de morte. Também não sou a favor de justiceiros. Se cada um resolver fazer justiça com as próprias mãos, logo não sobrará ninguém para contar a história, além do fato de que todos nos tornaríamos assassinos, portanto, criminosos. Por outro lado, essa história de que fulano é vitima do sistema e ciclano é só um pobre coitado que não tinha escolha também não cola. Todo mundo tem escolha. Eu digo isso porque conheço gente que já passou por poucas e boas, já viveu na miséria, sofreu com a violência desde pequeno, foi obrigado a fazer trabalho pesado numa idade em que a única obrigação de uma pessoa deveria ser com os estudos, enfim, gente que sempre teve uma vida duríssima. Essas pessoas poderiam ter se tornado criminosos. Poderiam ter resolvido roubar o que outros se sacrificaram tanto para ter, fosse um carro, dinheiro ou uma vida tranquila.
No entanto, essas pessoas optaram por um outro tipo de vida. Uma vida onde ainda teriam que trabalhar muito e que já sabiam que não seria fácil. Mas também seria uma vida onde viveriam da maneira mais honesta possível, sem tirar nada de ninguém; onde tudo que teriam seria fruto de seu próprio esforço. Além disso, se eles não sabiam na época a essa altura já perceberam que essa foi a melhor opção não apenas para eles, como também para seus filhos, os quais têm tido uma vida bem melhor do que a dos pais. Essas pessoas nunca se tornaram (e provavelmente nunca se tornarão) ricas, mas têm a tranquilidade de se deitar à noite sabendo que fizeram a coisa certa. Todo o progresso que essas pessoas fizeram foi por mérito próprio, porque elas se esforçaram para chegar onde estão. Todos continuam trabalhando muito e ninguém tem "vida fácil". Porém suas vidas são muito melhores do que seriam se tivessem ido pelo outro caminho. Sem contar o exemplo que dão a seus filhos de como, não importa o que aconteça, nós sempre temos opção e que a melhor opção é ser honesto. Essas pessoas são a minha família e eu me orgulho muito deles, assim como me sinto feliz por ter tido a sorte de ser criada por eles.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Estamos caminhando para uma idiocracia

Ando frustrada. Até mesmo triste. Tenho visto as pessoas se entreterem com as coisas mais bizarras da natureza (e da maldade) humana. Claro que sempre houve este tipo de "diversão". Mas tô meio chocada. Talvez eu seja ingênua, só isso. Talvez eu tenha um caso sério de estômago fraco, apesar de ter sempre pensado o contrário. Só não consigo entender como coisas como aquele filme chamado Centopéia Humana podem ser consideradas uma forma de diversão. Nem consigo entender, tampouco, o que tem na cabeça de quem resolveu fazer aquilo. Quase botei os bofes pra fora e ainda me encontro num estado de perturbação. E olha que nem mesmo assisti ao filme todo. Ainda por cima, poucos dias depois, fui submetida a um outro filme, Doce Vingança 2, onde uma mulher é sequestrada e estuprada por vários homens, os quais parecem ser todos da mesma família. Fiquei mais chocada ainda e desde aquele dia não consigo nem ver, nem ouvir falar nada sobre o assunto. Mesmo assim, aqui me encontro eu, escrevendo sobre isso. Para aliviar a tensão, eu acho. Porquê em momentos mais tranquilos aquelas cenas voltam a invadir minha mente. Sempre seguidas pela lembrança de um terceiro filme que assisti, este chamado Idiocracia, no qual o povo americano experimenta um emburrecimento extremo ao longo de vários anos. Parece que caminhamos todos para isso. Eu inclusive. Você, provavelmente, também. Assim como todos os nossos descendentes.