segunda-feira, 20 de março de 2017

Lembranças de uma Adolescência Aborrecente II

O Precipício
Siga-me!
Sou eu, sua rainha,
com meus cachos de ébano.
Meu olhar profundo de obscuro mistério.
Meu toque frio te atrai e te repele
Você é minha vítima,
escravo de minha beleza assassina,
embrenhado em negras nuvens
de um sonho real
Sem honra, sem vida, sem vontade própria,
sem rumo sob o céu trevoso
de minha ira serena que te domina
Não há mais volta
e a única saída
é o fim.

Lembranças de uma Adolescência Aborrecente I

Tarja
Sob o luar fantasmagórico
E o céu negro e trovejante
Ela caminha sem rumo
Com o medo a cercá-la

Seu destino está toldado
Pelo mesmo tecido que cobre sua pele
Mais branca que a neve
Que cai em flocos letais sobre ela

Seus olhos insondáveis olham somente para a frente
Suas mãos crispadas revelam o terror
Que habita em seu coração cheio de trevas

Mas a moça de preto segue em frente
Sem rumo, sem parar, sem vida...