terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Pensamentos avulsos II

Toda vez que fecho os olhos, vejo a sua imagem. Clichê, eu sei. Mas nem por isso deixa de acontecer. Inexplicavelmente, pois nem te conheço ainda (e talvez nunca venha a conhecer), está sempre rondando meus pensamentos: quando estou dormindo ou acordada, em casa ou no trabalho, ouvindo música, assistindo a um vídeo, o que quer que esteja fazendo, você está sempre por aqui. Acho muito estranho. Te vi, gostei, mas não dei muita importância. Mal sabia o que me esperava! Tentei ser racional. Afinal, pensei, pode nem ser tão interessante. E também não faz o menor sentido, essa cisma com você.
Às vezes você some. Fico um pouco ansiosa, mas me dá um alívio. Penso: "Tomara que nunca mais te veja de novo!" Mas aí você entra por aquela porta e... E sempre levanto a cabeça bem na hora, para te ver caminhando em minha direção como se o mundo estivesse em câmera lenta. Meu coração dispara, eu engulo em seco, sinto o sangue correr depressa pelo meu rosto, quase posso vê-lo fazendo seu caminho por cada pequena veia e sei que estou ridiculamente, vergonhosamente, corada. Minhas mãos suam e tremem e toda a minha atenção esta agora voltada para você. Exceto pelo fato de que começo a pensar no quanto isto é, ao mesmo tempo, ridículo e cômico.
Até mesmo te ver de relance na rua me tira do eixo. Posso passar de um estado calmo e relaxado a um nervoso terrível em poucos segundos.
Quando você não aparece, faço um esforço para entender e esquecer. Porque acredito que para esquecer, primeiro é necessário entender. Mas não entendo muito bem. Ponho em evidência que você pode não ser nada do que imagino. Pode ser pior do que o pior dos piores. Pode ser um banana. Só que banana é minha fruta favorita...
Mesmo com tudo isso, se você nao estiver presente, e ainda que continue a martelar meus pensamentos, lentamente, muito lentamente, sua imagem começa a desvanecer e sinto novamente o alívio e a esperança de que tudo foi uma bobagem, fruto de uma mente romântica e fantasiosa. E pode ser, mesmo. Mas aí você aparece novamente e pronto: todo meu esforço vai por água abaixo só com te ver. E tudo o que me resta é soltar um suspiro de resignação e aguardar o dia em que poderei por tudo à prova ou por aquele em que você vai sumir de vez e eu nunca mais vou te ver. Acho que ficaria satisfeita com qualquer uma das duas opções. Até lá, só me resta ficar neste limbo...

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