segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Nova carta para D.

Querido D.,
Gostaria de saber, pois não consigo parar de imaginar, o motivo por quê você continuamente atrai a atenção dos meus olhos e da minha mente; gostaria de saber também, pois também não posso deixar de pensar nisto, o motivo por quê fico tão nervosa na sua presença e não consigo falar, mas se falo é olhando para sua boca e não para seus olhos...
Gostaria de saber ainda o motivo por quê me agito se não te vejo, mas, ao contrário, se te vejo logo me acalmo, sentindo o tipo de alívio que sentimos quando algo desagradavelmente pesado é tirado de nossos braços.
Meu querido D., gostaria de lhe dizer que me dá ternura te ver dormir (ou, ao menos, tentar), daquele seu modo tão tranquilo e relaxado. Como você pode relaxar assim naquele ambiente quente e lotado?
D., não há muita coisa que desejaria tanto ou mais neste momento, do que me aconchegar em você, sentir teu cheiro e tua temperatura e adormecer pacificamente, sabendo que, ao menos por esta noite, ficará tudo bem.
Querido D., sei bem que tudo isto é muito brega, mas fazer o que? Tudo isto é o que penso e sinto por você. Tudo isto é a verdade.
D., gosto de você mais do que ouso dizer a mim mesma. Talvez você seja como o anjo de um sonho que tive anos atrás, onde sofria de uma gripe muito forte da qual nada nem ninguém conseguia me curar, até que chegou este anjo que me beijou muito levemente os lábios e tive a sensação física deste beijo e acordei sabendo que a versão de mim naquele sonho estava curada.
Por isto, me pego imaginando quando e se terei a oportunidade de beijá-lo também! Para saber se você é realmente o meu anjo...
E, para não prolongar demais esta carta e aborrecê-lo, vou me despedindo por aqui .
Sua,
B.

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